Alunos de Psicologia escrevem artigos sobre temas ligados ao orgulho LGBQIA+

Todos os anos, durante o mês de junho é celebrado, mundialmente, o Orgulho LGBQIA+. A data reforça a importância da conscientização sobre o respeito a todos e, principalmente, a diversidade. Reforçando o compromisso em promover a liberdade, os acadêmicos do 10º período do curso de Psicologia produziram artigos sobre diversos temas relacionados ao orgulho LGBQIA+.

Os trabalhos foram realizados nas disciplinas de Gênero, Sexualidade e Políticas Públicas, ministrada pela professora Fernanda Garbelini de Ferrante e Metodologia de Pesquisa, ministrada pelo Professor Pedro Guilherme Basso Machado.

Confira um resumo dos trabalhos.

O aporte social no âmbito escolar para as crianças adotadas por casais homoafetivos no Brasil: estudo de caso

Alunos: Alexandre Luís Marques de Andrade Padilha, Emilly de Paula Almeida, Giovanna Fernandes Roza

Resumo

A adoção no Brasil perpassa pelas diversas faces, envolvendo diversos processos: a entrega da criança/adolescente à casa de abrigo; as formas de abandono; os processos jurídicos e burocráticos que compõem a adoção; mecanismos e processos de convivência da criança/adolescente; problemáticas das mães que abandonam e/ou entregam a criança para adoção; e o levantamento de questões sociais que acercam a esta mãe, bem como o asseguro de direitos às crianças e os adolescentes. Desta forma, a adoção pelas vias legais é um processo longo, burocrático e repleto de etapas que percorrem por anos de análise e avaliação até que se efetive a adoção. Estes processos geram aos adotantes angústias e ansiedade em decorrência do próprio tempo de espera pelos adotados. Dentro de uma ideia heteronormativa quando o mesmo possui um desfecho favorável, todo o processo posterior à adoção é menos penoso no que concerne a adaptação dos adotados e adotantes, inclusive no âmbito social: escola, família, amigos etc. Nos casos de adoção por casais homoafetivos há de se enfrentar outras questões para além da adaptação entre adotados e adotantes: o preconceito. Sabe-se que o preconceito é algo intrínseco à sociedade e que possui influências culturais. Sendo assim, quais são os recursos que os casais homoafetivos utilizam para enfrentar possíveis preconceitos principalmente no âmbito escolar a fim de garantir um direito básico da criança adotada? Método: O artigo se trata de uma pesquisa qualitativa partindo de um estudo de caso. Sua principal ferramenta é a obtenção da análise de conteúdo com aporte de referências bibliográficas da literatura que abranjam a temática. Na referência teórica investigou-se assuntos que contemplam o preconceito e temas pertinentes a união homoafetiva para entender o acolhimento e da perspectiva adotante no concerne o enfrentamento do preconceito. Ao final das formulações a respeito deste assunto, foi apresentado um estudo de caso para elucidar a base de pesquisa.

A percepção de pessoas transexuais sobre o processo de inserção no mercado de trabalho

Alunos: Amanda Vaz, Dandara Martins, Graciele Biano, Hiury Oliveira, Jocelia de Lara.

Resumo

Esse artigo é um recorte da pesquisa que analisou as percepções de pessoas transexuais acima de 18 anos, em busca de emprego no Brasil. A partir de uma pesquisa qualitativa, realizada através de entrevistas semi-estruturadas com duas pessoas transexuais, utilizou-se a análise de conteúdo para compreender sua percepção sobre a temática abordada. Em particular, o estudo destaca a dificuldade de pessoas trans ao ingressarem no mercado de trabalho. Observou-se que na fala de um dos entrevistados, o apoio da família foi fundamental para o seu enfrentamento do preconceito fora de casa. Na fala de outro participante, pode-se perceber o preconceito dentro de casa e a dificuldade no seu enfrentamento do preconceito fora de casa. Já nas duas falas, pode-se analisar, que na maioria dos casos, o trabalho autônomo é um caminho para a liberdade de pessoas transexuais.

A invisibilidade através de narrativas das mulheres bissexuais

Alunos: Elisa Aguiar Volpato, Aline Giovana Piva, Weliton Pereira dos Santos

Resumo

A invisibilidade bissexual é um assunto pouco discutido dentro da academia, da sociedade e inclusive dentro da comunidade LGBTQIA+ as mulheres bissexuais têm sua orientação sexual apagada e invalidada. O objetivo deste artigo é analisar os dados coletados por meio de uma pesquisa aplicada e qualitativa que utilizou um roteiro de entrevistas semi estruturado. A partir das respostas foi realizada a Análise de Conteúdo para categorizar os elementos de discussão encontrados nos discursos das participantes em relação à visão social da bissexualidade, a invisibilidade e aos estereótipos. O artigo discutirá os fatores que envolvem a invisibilidade bissexual a partir dos pontos abordados nas entrevistas como binaridade, estereótipos, objetificação, deslegitimação, hiperssexualização, falta de compreensão e a invalidação da identidade bissexual. Foi possível observar que mesmo com a subjetividade de cada participante os discursos encontrados possuem similaridades quanto a forma com que a sociedade as enxerga, as vivências relacionadas aos preconceitos e a bifobia, e sobre a falta de espaço dentro da sociedade.

O intersexo e a busca por sua identidade de gênero – Uma perspectiva Psicológica

Alunos: Aline Fonseca, Bruna Vieira, Heloisa Sanches, Joceli Gonçalves, Leonardo Magalhães

Resumo

A questão do intersexo exige diferentes vertentes de estudos para que se possa atingir uma melhor compreensão dos processos ao qual integram essa condição, tais como as características biológicas diversas e a condução médica, já a partir do nascimento da criança intersexo. Uma vez que o gênero sofre a influência da sociedade em sua construção, este projeto tem como principal inciativa, a de compreender como se dá a construção da identidade de gênero do sujeito intersexo. Para tanto, uma revisão de literatura foi realizada e a partir deste estudo, redigido um questionário destinado ao sujeito intersexo. O corpo intersexo é mais uma possibilidade dentro de uma perspectiva não-binária no que se refere à construção de identidade e a busca pela autodesignação de gênero.

Transfobia nas Escolas

Alunos: Ana Beatriz Pedroti Gomes, Luciana Nogueira da Silva, Michele Babicz, Mathews Raphael Vieira Santana

Resumo

Esta pesquisa tem como objetivo demonstrar os impactos que o preconceito causa no contexto social das pessoas trans desde muito jovens, buscamos identificar possíveis consequências físicas e psicológicas que podem decorrer do comportamento preconceituoso de colegas, professores e funcionários dentro das escolas. A adolescência é vista como uma fase conturbada em que o principal contexto social é o escolar. Neste momento ocorrem diversas mudanças na vida do indivíduo, sendo elas físicas, psíquicas e emocionais. É neste cenário de descoberta que muitos jovens não se identificando com seu gênero biológico, começam a questionar e aceitar sua identidade enquanto pessoa trans. Dentro desse contexto, surge o questionamento, em uma fase tão importante para o desenvolvimento psicológico e social do jovem, quais as consequências que o preconceito pode trazer para a pessoa trans dentro da escola? No contexto escolar, o preconceito, que costuma estar enraizado por questões culturais, pode levar a pessoa trans a sofrer bullying por parte dos colegas. A discriminação e violência seja ela física ou psicológica que levam os adolescentes trans a abandonarem os estudos o que lhe dificulta a entrada no mercado de trabalho mais tarde. A não aceitação da pessoa trans pode causar diversos problemas em sua vida adulta, entre eles os psicológicos como a depressão, auto aceitação, ansiedade, auto mutilação e outros que podem acompanhar o indivíduo.

A percepção do sujeito frente a aceitação familiar de sua orientação homossexual ou bissexual

Alunos: Alana Aoilfe, Elisson Felix, Jessica Magari, Talita Ferreira, Tayrine Bianchi

Resumo

A sexualidade é uma característica única da humanidade e a partir de um padrão de normalidade imposto as diferentes orientações sexuais têm sido discriminadas, sendo que muitas vezes essa discriminação começa a acontecer dentro da família. Considerando a família como primeira possibilidade de interação social do sujeito, cabe abordar-se aspectos referentes a percepção desse sujeito sobre a aceitação familiar de sua orientação homossexual e bissexual com o objetivo de compreender como se dá esse processo. Para a realização da pesquisa os dados coletados foram analisados qualitativa e quantitativamente e, a partir da análise esses dados foram confrontados com a literatura a respeito da temática, considerando a relevância da aceitação familiar para o sujeito. Os principais resultados evidenciam que existem particularidades dentro de cada família e que a aceitação familiar tem sido fundamental para a construção da identidade pessoal e para a autoaceitação da orientação homossexual e bissexual.

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