“É um dever do jornalista incomodar”, diz âncora do jornal da Band nacional, Douglas Santucci

Jornalista Douglas Santucci apresentando o jornal da Band, onde já atua há 12 anos. Foto de arquivo pessoal.

Dar voz e visibilidade às minorias sociais. Este é o principal mantra que norteia a atuação do jornalista nos veículos de comunicação. Para manter os cidadãos a par das notícias diárias, o jornalista é conhecido como o gatekeeper (“guardião dos portões”, na tradução) da informação. Ou seja, aquele que realiza a ponte entre o que considera relevante informar, dentro dos critérios jornalísticos (como relevância, novidade, proximidade, notoriedade, atualidade) e o interesse público. 

O processo, mencionado anteriormente, é vivenciado diariamente pelo jornalista Douglas Santucci. Ele dedica 12 anos à TV Band, onde começou como estagiário, operador de TP (Teleprompter), produtor, repórter, editor-chefe, apresentador e, atualmente, chefe da produção nacional do jornal da Band, do estado de São Paulo. 

Em entrevista concedida ao UniBrasil, instituição onde se graduou em 2011 e se descobriu no telejornalismo, ramificação incentivada, à época, pela professora – e repórter da RPC (afiliada da TV Globo no Paraná) -, Dulcinéia Novaes, o âncora da Band disse que fica muito feliz em trabalhar na Bandeirantes, no qual pode contribuir para a produção de um jornalismo moderno. “Fico muito feliz de ter liberdade na Band para fazer um jornalismo próximo do público, sem amarras. Estamos com um time muito especial na gestão da nossa redação, muito humano, que pensa junto”, compartilha o chefe de jornalismo da Band, Douglas Santucci. 

José Wille e Douglas Santucci na apuração das eleições de 2018. Foto de arquivo pessoal.

Os tempos de produção jornalística mudaram (consequentemente, o profissional teve que se aperfeiçoar e se atualizar) para acompanhar as novas tecnologias. Além disso, para entregar um conteúdo bem apurado à sociedade, Douglas Santucci se especializa a cada assunto das mais diversas coberturas de política que realiza. O jornalista faz, atualmente, pós em Direito Eleitoral, até porque, segundo ele, o debate para à Presidência da República foi “inovador e histórico”. 

“A cada cobertura busco me especializar no assunto. Foi assim quando comecei na cobertura política, em que me aprofundei em conhecer como funcionava a Câmara de Vereadores, os processos, como fuçar no sistema para encontrar pautas exclusivas. Incomodei muito enquanto estive por lá. Acho que esse é um dever do jornalista, incomodar”, enfatiza.

Ele ainda acrescenta: “Depois com a cobertura da Operação Lava Jato, busquei aperfeiçoamento em Direito, para saber mais do processo penal, de prazos e recursos. É um diferencial para quem está fazendo cobertura, ter conhecimento específico, para poder explicar melhor as situações aos telespectadores”, analisa o jornalista. 

Seus planos futuros é investir na área de gestão, mais precisamente na parte executiva da profissão. De acordo com ele, é um nicho pouco explorado pelos profissionais e aconselha os graduandos a se dedicar nessa ramificação. 

“O jornalismo, amplo, precisa ser pensado na mesma velocidade da evolução das notícias. Não é fácil e nem barato fazer Jornalismo, as empresas precisam de soluções, ao mesmo tempo, em que o mercado publicitário busca entender como atingir o público”, reflete Douglas Santucci. 

Foto de Douglas Santucci | arquivo pessoal.

Dentre as recordações de Douglas Santucci, a que se faz mais presente em sua memória foi o incentivo da professora de português, Sandra Specht, no ensino médio, para cursar jornalismo. Ela via tanto potencial naquele adolescente que o presenteou com uma câmera russa SLR. “Meu perfil era muito claro para o jornalismo. Por incrível que pareça, eu nunca tinha percebido. Foi uma professora de português, no ensino médio, Sandra Specht, que me disse: ‘Você já pensou em fazer jornalismo?’. Ela me influenciou muito a seguir essa profissão. Foi ela que me deu uma câmera antiga russa, uma Zenit 122, totalmente manual. Tenho muitas fotos com ela. Revelava no laboratório de fotografia do UniBrasil. Fui da última turma que aprendeu a relevar fotos”, finaliza.  

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