Futebol e política – Copa 42 e seu simbolismo

Texto por Professora Wanda Camargo

 

Em 03 de abril o Projeto Academia UniBrasil e o Curso de Educação Física do UniBrasil irão promover a palestra seguida de uma roda de conversa sobre o tema “Futebol e política – Copa 42 e seu simbolismo”, com o palestrante: Ernani Buchmann.

Advogado, jornalista e escritor, com 20 livros publicados sob diversos temas; o palestrante ocupa a Cadeira nº 2 da Academia Paranaense de Letras, da qual foi presidente durante cinco anos. No futebol, trabalhou como repórter esportivo, cronista e foi presidente bicampeão do Paraná Clube.

O vento ocorrerá na Sala de Leituras do UniBrasil, às 19 horas e será mediado por professores do Curso de Educação Física.

As Copas do Mundo de futebol foram interrompidas por causa da II Guerra Mundial, que durou entre 1939 e 1945, apesar disso a Copa de 1942, sem ter nunca ter sido realizada oficialmente, teve uma “final”.

Devido ao conflito na Europa, as edições de 1942 e 1946 do torneio da Fifa não ocorreram. Com isso, o Mundial, que foi vencido pela Itália em 1938, só voltou a ser disputado 12 anos depois, em 1950, no Brasil.

No entanto, Hitler convocou um jogo pela expectativa era de uma vitória que serviria para colocar o esporte alemão e a raça ariana no patamar de grandeza exigido pelos nazistas. Em 20 de abril de 1942, dia do aniversário do ditador, a seleção da Alemanha recebeu a Suíça, que se manteve neutra durante a II Guerra, e perdeu por 2 a 1, deixando o líder do III Reich furioso.

Com isso, o regime nazista resolveu dar um “ultimato” a seus jogadores: caso voltassem a ser derrotados, seriam enviados para lutar na guerra.

O futebol alemão não parou, e a liga só foi paralisada em 1945, quando os aliados invadiram Berlim, e depois do “incentivo especial” de Hitler, os atletas alemães ganharam seus próximos jogos, todos realizados contra países do eixo.

Em meio à boa fase, o regime nazista resolveu, então, dar sua cartada final para limpar a imagem ruim que havia ficado da derrota para a Suíça.

O Governo convocou a Suécia, considerada à época a melhor seleção da Europa (e que, apesar das tensões, mantinha-se neutra na guerra), para um amistoso no Estádio Olímpico de Berlim.

Empolgados, 98 mil torcedores lotaram a arena para aquela que é considerada pelos historiadores do futebol como a “final não-oficial” da Copa do Mundo de 1942.

Foi um jogaço, mas com tristes consequências para a equipe derrotada: Alemanha 2 x 3 Suécia. Hitler cumpriu sua promessa.

Após a derrota para a Suécia, a seleção alemã foi dissolvida, e diversos jogadores da equipe foram enviados à guerra, a maioria em cargos burocráticos. Muitos atletas foram alistados no exército.

Essencial para o profissional de Educação Física de qualquer área, embora trate de futebol seu grande tema são as políticas autoritárias e seus reflexos nas atividades desportivas de todos os países.

Foto de arquivo pessoal.

 

 

 

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