Homenagem ao Desembargador Jeorling Cordeiro Clève

O número atual da Revista Expressão presta homenagem ao jurista, historiador, escritor e profundo conhecedor da história do Paraná, Jeorling Cordeiro Clève, que nomeia o Auditório do Bloco VI do UniBrasil, e que foi celebrado por várias pessoas da comunidade, dentro e fora da instituição.

Dois deles estiveram presentes na solenidade de posse do professor Clèmerson Clève na Academia Paranaense de Letras e estiveram com dona Dirce Clève.

Ernani Buchmann, advogado, jornalista, escritor, presidente da Academia Paranaense de Letras diz: “O Desembargador Jeorling Cordeiro Clève foi eleito para a Academia Paranaense de Letras em 26 de agosto de 2010, poucos dias depois de completar 78 anos, como novo ocupante da Cadeira nº 23, sucedendo Túlio Vargas – como ele, também um historiador de porte nascido no interior paranaense. Meses depois, foi recebido na nossa instituição em solenidade no Instituto dos Advogados do Paraná, com saudação de René Ariel Dotti.

Dr. Jeorling, em pouco mais de dez anos de convívio acadêmico, demonstrou toda a generosidade de seu caráter. Foi um ativo combatente das soluções negociadas, graças à longa experiência adquirida nos fóruns e nos tribunais. Uma doce alma com quem tive o privilégio de conviver. Desde logo, entendeu que a Academia é ela e suas circunstâncias, parafraseando Ortega y Gasset.

Foi a partir de sua entrada na APL que passei e ter contato com sua obra. Li grande parte do que escreveu: a biografia de seu bisavô, o Coronel Daniel Clève, a brilhante e fidedigna narrativa do povoamento de Guarapuava, o levantamento histórico sobre a emancipação paranaense a partir do Judiciário, o perfil do Visconde de Guarapuava e, por fim, as coletâneas de pensamentos, lições privilegiadas de sabedoria.

O último evento da Academia a que compareceu foi a minha posse na presidência, em março de 2017, no auditório da OAB/PR. É muito significativo que, quase cinco anos mais tarde, seu filho Clèmerson tenha escolhido o mesmo local para tomar posse na Cadeira nº 3 da Academia, na sucessão de René Ariel Dotti.

Na casa da advocacia convergem as figuras imortais de Jeorling Cordeiro Clève e René Dotti para encontrar Clèmerson Merlin Clève, recepcionado pelo acadêmico Ney José de Freitas – todos detentores de sólida reputação no universo jurídico. Uma noite memorável”.

E no pronunciamento de Octavio Fischer, Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, professor de Direito Tributário do Mestrado, da Especialização e da Graduação do UniBrasil: “O Desembargador Jeorling Cordeiro Clève foi um magistrado admirável. Enquanto Desembargador no Tribunal de Justiça do Paraná, proferiu decisões judiciais importantes em diversas áreas, mas me influenciou muito sua contribuição na minha área de predileção, o Direito Tributário. Deixou um legado de importantes decisões mas, principalmente, transmitiu-nos um exemplo de ser humano reto e de conduta moral inquestionável.

Guardo com carinho o dia em que me brindou com um exemplar de seu belo livro ‘Pensamentos de todos os tempos: lições de sabedoria’, vol. 3, publicado pela Artes & Textos. Aliás, certamente nele poderia ter registrado um de seus próprios pensamentos, que marcou profundamente a minha memória: ‘Juiz não dá entrevista, juiz dá sentença’. Essa frase retrata a postura que para mim todo magistrado deve ter: restringir suas manifestações aos autos, sem precisar buscar os holofotes.  Apesar de aposentado há algum tempo (desde 2002), o Desembargador Cordeiro Clève é daquelas pessoas que sua presença e autoridade moral fazia-se sentir pela marca que deixou na sua atuação como magistrado. Sentiremos sua falta, mas guardaremos suas lições”.

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