TEAmar: o esporte como aliado no tratamento do autismo

A data de 02 de abril é conhecida como o dia de Conscientização sobre o Autismo. Para marcar a semana, o UniBrasil lança uma nova série com histórias inspiradoras de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) que participam dos projetos oferecidos pela faculdade para à comunidade. A equipe acompanhou uma aula de natação no Ampliar, um dos projetos de estágio para adaptados,  com os irmãos gêmeos Júlio Gabriel e Jean Gabriel. Além disso, a professora de Educação Física, Eliana Patrícia, falou sobre a metodologia de ensino para crianças com autismo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que no mundo são 70 milhões de pessoas diagnosticadas, sendo dois milhões no Brasil e cerca de 100 mil no Paraná. Para tanto, a data é necessária para trazer conscientização referente ao transtorno, principalmente no que diz respeito a inclusão e tratamento de pessoas com autismo.

Convivendo com o autismo

O TEA é um transtorno  do neurodesenvolvimento e é considerado uma síndrome permanente, apesar dessa condição existem significativos avanços no que diz respeito a tratamento e inclusão de pessoas com autismo.

A professora de psicologia, Dulce Mara Gaio, explica que o caso é diagnosticado, geralmente na primeira infância e que as características ou déficits de desenvolvimento se manifestam e variam de limitações específicas na aprendizagem, controle motor e até prejuízos nas habilidades sociais e intelectual. “Desta forma, a partir do DSM-5, além do autismo clássico, hoje temos outras designações como o Transtorno Desintegrativo da Infância, o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Não-Especificado e a Síndrome de Asperger.  Sendo as falhas nas habilidades comunicativas, sociais, interesses restritos e repetitivos os mais apresentados como características mais gerais do TEA”, ressalta a psicóloga.

A história de hoje é dos irmãos Júlio e Jean que é contada pelo olhar da mamãe orgulhosa Janaina Santos.

Esporte e autismo

Na piscina do estágio de adaptadas, a força nas atividades físicas vem em dose dupla, os irmãos gêmeos Júlio Gabriel e Jean Gabriel, de 16 anos, foram diagnosticados com autismo leve. A mãe Janaina Santana Santos conta que foi uma surpresa a gravidez gemelar e a felicidade, claro que também foi em dobro.

A mãe explica que o diagnóstico no começo não foi fácil de entender, mas que ela percebeu que foi o melhor para o desenvolvimento dos dois. “Eles começaram a ir para creche com dois aninhos e a professora encaminhou eles para um atendimento especializado com uma psiquiatra, e logo em seguida, me deram o diagnóstico de que os dois tinham características do autismo e até então eu nem desconfiava”, ressalta a mãe Janaina Santana. O diagnóstico precoce é fundamental para garantir o desenvolvimento seguro e saudável.

Uma das características de uma pessoa com autismo é apresentar interesses restritos e repetitivos em algo, os gêmeos são apaixonados por GTA e a mãe faz xerox dos desenhos para os dois. “Eles têm uma rotina e não gostam de sair dela, são mais quietos e também não gostam de barulho. Agora eles estão frequentando uma escola especial e no tempo livre, eles não desgrudam dos desenhos de GTA”, explica a mãe.

A natação é uma excelente alternativa para crianças que apresentam o transtorno e proporciona uma série de estímulos: cognitivo, comportamental e social – para o desenvolvimento da criança.

Após a pandemia, os gêmeos retornaram para às aulas de natação com a Professora Eliana Patrícia. “Os alunos com autismo são muito focados, então a metodologia com eles tem que ser bem organizada e estabelecer uma rotina de treinos, são alunos muito inteligentes e centrados”, explica a professora.

Jean Gabriel na Escola Primavera

 

Júlio Gabriel na aula de natação do Ampliar

 

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